Panacéia dos Amigos

sexta-feira

Entrevista EXCLUSIVA com MOZART COUTO!!!

Caros amigos de "A PANACÉIA ESSENCIAL" é com grande orgulho que voltamos com a "Panacéia das Entrevistas". As HQs fazem parte da minha vida desde pequeno, e através delas aprendi a leitura. A imagens levavam a compreensão da história e as palavras começavam a ser ensinadas aos poucos. Ao mesmo tempo desenvolvi o gosto por desenhar e nunca mais parei. Este interesse me levou a reparar e guardar os nomes daqueles que estavam na criação daquelas aventuras que me chamavam tanta atenção. Não pude seguir carreira por vários motivos, mas aprendi sobre a indústria, sobre as histórias e desenhos. Um dos artistas cujo trabalho me chamou atenção imediatamente e do qual passei a admirar muito foi MOZART COUTO!
Mozart Couto é uma referência para os desenhistas brasileiros. Uma metamorfose ambulante capaz de passar talentosamente por vários estilos de desenho sempre entregando grandes trabalhos. Quando ousei convida-lo para esta entrevista, não tinha tanta esperança assim que ele aceitasse, mas eis que aconteceu!
Portanto, convido a todos para através desta entrevista sabermos e aprendermos mais com este brilhante profissional das HQs. Desde que montei este blog, ele proporcionou várias alegrias e agora compartilho com vocês mais uma delas...


APE - Mozart, em minha primeira pergunta gostaria de propor que você nos relatasse sua trajetória desde os passos iniciais até precisamente o primeiro trabalho profissional. Esta retrospectiva é interessante para os que estão...eu nem diria em início de carreira, mas, em início de “sonho” de trabalhar com quadrinhos! Que estão por aí, em suas casas desenhando, ainda sem ter nenhum contato com profissionais e sem saber direito como transformar sonho em realidade. Como você saiu deste estágio para a realidade profissional?


Desde bem pequeno eu gostava de desenhar quadrinhos. Por volta dos 4 ou 6 anos, eu inventava as histórias, desenhava as sequências e pedia meu pai para escrever os textos nos balões. Com 16 anos eu queria ser quadrinista de qualquer jeito, então comecei a estudar diariamente. Tudo que eu via sobre técnica de quadrinhos, eu comprava e estudava.
Meu pai me acompanhava e comprava livros e revistas sobre o tema. Ele também era desenhista, músico, muito estudioso e foi meu professor. Mais ou menos nessa época enviei algumas páginas de uma hq que havia criado para a EBAL (Editora Brasil América, no Rio de Janeiro) eles me responderam dizendo que, no momento, não publicavam quadrinhos nacionais. Na verdade, eu não entendia nada disso e não imaginava que os editores preferiam trabalhar com quadrinhos vindos de fora, por vários motivos. Mas continuei praticando e estudando à sério, até que em 1979  comprei umas novas revistas de quadrinhos que eram publicadas por uma editora Paranaense, a GRAFIPAR, nelas li umas chamadas para que iniciantes e profissionais entrassem em contato para possível publicação de seus projetos de HQ. 


Alguns quadrinistas que eu já conhecia o trabalho através de revistas de terror publicadas em São Paulo nos anos 70, estavam lá, e o Cláudio Seto era um deles Ele era o coordenador do grupo de quadrinhos da editora. O Seto gostou do meu trabalho e depois de recusar minha primeira HQ passou a publicar tudo o que eu fazia e enviava. Os leitores gostavam e escreviam elogiando.


Assim, fui adiante. Mas, se eu não tivesse me preparado antes, não teria um trabalho a nível de ser publicado quando a oportunidade apareceu. Então, eu acho que o estudo, a prática constante e a disciplina são a base de tudo. Depois a humildade de apresentar os trabalhos e receber bem as críticas.
APE – Qual conselho você daria para quem ainda é um principiante? Desmistificando a visão talvez glamorosa de desenhar personagens em quadrinhos, dar entrevistas, ser famoso e indo para a realidade do esforço, trabalho, cansaço, estudo, o que deve fazer um aspirante a desenhista de HQs? Um bom curso, ou melhor, alguns bons cursos? encontrar profissionais para receber críticas? Enfim, nos dê este panorama sob a perspectiva da sua experiência nesse caminho.


Eu diria tudo o que você colocou e mais: Estude muito. Pratique mais ainda. Fazer quadrinhos é algo muito, mas muito complexo! É divertido, mas é trabalho e dos pesados!

APE – Uma vez li numa entrevista Todd McFarlane aconselhar aos aspirantes para que nunca pedissem opinião para os seus desenhos para quem não fosse profissional da área. Na opinião dele, quem não desenha não tem como opinar e pode atrapalhar mais do que ajudar. Eu já conversei com vários garotos que, de fato, de tanto ouvirem de quem não desenha que são bons, ficam muito iludidos e quando encontram a crítica profissional ficam arrasados e desistem. Você teve alguma experiência semelhante? Alguém execrou seu trabalho no início da carreira? Se aconteceu, como você reagiu e se não, o que você aconselha para quem está passando por isto?


Não, não cheguei a ser criticado duramente, ou pelo menos, não entendi assim, mas nessa fase da Grafipar, o Seto sempre me corrigia. Às vezes eu achava que ele não gostava de nada que eu fazia, mas é porque ele estava muitos anos na minha frente e já tinha visto muitas coisas, então é difícil mesmo agradar um profissional mais adiantado. Ele sempre verá suas falhas de cara. Meu pai também pegava no meu pé direto. Sobre o que você citou do McFarlane, acho que ele tem toda a razão. É mais correto que o trabalho do iniciante (e até do profissional) seja visto e criticado por quem entende.


APE – Seu trabalho com editoras americanas e no mercado europeu faz parte do grande sonho de cada aspirante a desenhista das HQs, mas, na experiência real qual a diferença do sonho e a realidade profissional? Quais as maiores dificuldades de trabalhar com editoras estrangeiras? Aproveitando a questão poderíamos falar ainda das dificuldades do mercado nacional: Neste momento como está o mercado brasileiro, quais são as perspectivas para os roteiristas e desenhistas? Um desenhista pode viver apenas de seu trabalho com HQs (Muitos me perguntam isto) ou deve ter um leque maior de trabalho, visualizando um estudo e trabalho direcionado para outras mídias? Quais?


Eu penso que nesses mercados é necessário ter um nível de bom a alto de qualidade, mantendo a estabilidade e melhorando cada vez mais. Isso é muito importante. Seriedade nos prazos, profissionalismo, são outros fatores que contam muito. E o mais difícil: estar apto a atender as mudanças do mercado, conseguir adaptar-se às novas tendências.


Sinceramente, eu não sei como está o mercado de quadrinhos no Brasil principalmente porque eu não estou mais atuando tão ativamente como quadrinista. Eu vejo muitas coisas que são publicadas mas, parece-me que para um público seleto, com tiragens pequenas. Outras são feitas por lei de incentivo à Cultura de Estados e Municípios; Muita coisa independente, mas ainda acredito que não existe um mercado onde autores de quadrinhos possam viver só de quadrinhos publicados no Brasil. Infelizmente. Tomara que eu esteja bem desinformado. Por outro lado, vejo muitos debates sobre quadrinhos e espero que novas ideias e uma estrutura para produção possa ser formada a partir disso.




APE – Dentro dessa linha de raciocínio falemos das HQs também lá fora. Como você analisa o atual momento não do ponto de vista de mercado, mas artístico? Você é um profissional, mas também é um leitor. Quais desenhistas e roteiristas você destaca neste momento? E  já que estamos falando de criação artística, gostaria que você nos contasse quais foram suas principais influências nas HQs e dos encontros com outros profissionais o que você tirou de aprendizado no desenvolvimento do seu estilo. Esse tipo de influência ainda acontece?


As novas tecnologias trouxeram muitos benefícios para os artistas em geral. Mas ajudam a esconder muito despreparo também. Ainda continuam aparecendo grandes artistas, entretanto, olhando bem calmamente o trabalho de muitos outros, o que parece muito bom é apenas um espetáculo impressionante de detalhes, de preciosismos desnecessários. 


Quanto a textos, embora cada vez mais bem feitos e elaborados tecnicamente ( eu estou falando de quadrinhos em geral, e não de Comics, tá? Eu sempre falo de quadrinhos englobando Américas, EUA, Europa, Japão e Coréia) ainda continuo preferindo pouca coisa e, geralmente mais antigas, tipo “Ken Parker”; A obra de Hugo Pratt; Alvar Mayor ( eu gosto muito da HQ Sul Americana, que é tão desconhecida no Brasil ); 100 Balas; Mas tem mais, muito mais, fica até difícil de citar. Eu leio pouco quadrinhos atualmente. Sempre gostei mais de VER quadrinhos. Por isso, os delírios de Moebius, sem textos, sempre me atraíram tanto. Quando  não gosto do que estou vendo, não leio.


Quanto às minhas influências, primeiro, claro, foram quadrinhos americanos, que era o que eu conseguia adquirir numa cidade do interior nos anos 60! E alguma coisa publicada no Brasil, por artistas nacionais, nos anos 70 já me atraía. Depois, com o tempo, fui tendo mais acesso a outras publicações e vieram influências de autores Europeus e até Japoneses. Mas as primeiras influências acabaram marcando mais, Não porque eu prefira, mas porque foram as primeiras e sob as quais me detive mais tempo estudando e “fazendo parecido”.


Sobre o contato com outros artistas, sempre mantive contato com muitos colegas profissionais e isso me ajudou demais. Trocamos muitas dicas e a evolução de um sempre estimula a do outro. Na época da GRAFIPAR e D'ARTE isso foi mais constante. Atualmente, como eu e os antigos colegas estamos envolvidos em áreas diferentes, essas trocas não tem mais acontecido. O que é uma pena.

 APE - A sua trajetória de trabalhos é bastante rica. Com vários temas. Histórias de gêneros variados. Esta versatilidade foi uma consequência do mercado quando não podemos escolher o que fazer, e temos que pagar as contas ou muitas opções foram de cunho pessoal? Esta capacidade parece ter sido útil, pois, falando sobre esta habilidade de se transmutar, gostaria que nos contasse também sobre a sua produção com livros didáticos e para-didáticos, e ainda a adaptação de livros e temas espíritas. Como controlar o lápis em tantos estilos e traços diferentes? O artista tem que se transformar em um tipo de Fernando Pessoa dos desenhos?
As duas coisas estão presentes: a necessidade de se adaptar para sobreviver e uma certa inquietação que tenho, uma vontade de aprender, de descobrir coisas novas. Isso é bom porque a gente aprende a abrir mão de alguns desejos e tem que “pisar no chão” e aprender a fazer coisas que, antes, pareciam sem graça e desagradáveis. A gente aprende a gostar de coisas diferentes, cresce, fica mais aberto. 



Antes, eu pensava que só sabia e conseguia fazer HQ, hoje eu sei que posso fazer muitas coisas, mas o que mais gosto é de ler um livro e ilustrá-lo. Esse é, sem dúvida, um trabalho muito gratificante. Ainda mais quando se tem liberdade de inovar um pouco. Recentemente, ilustrei um Livro escrito pelo Júlio E. Braz ( “Em Festa de Canibal, Pizza não é legal”. Ed. Imperial Livros- Novo Milênio), meu parceiro de muitos anos, onde experimentamos uma certa mistura de ilustração convencional e quadrinização. O resultado foi muito bom, a meu ver.


 

Quanto a temas religiosos, também gosto de fazer porque é necessário mostrar imagens mais leves, trabalhar expressões de suavidade, enfim, um novo exercício, bem diferente do sensual, violento e dramático quadrinho comercial e das ilustrações técnicas( sem emoções) de alguns tipos de livros didáticos. São ganhos. Muitos.


APE – Qual foi para você o ápice da sua carreira? Aquele trabalho que devolveu a você a sensação de “Nossa, isto é muito bom, estou no auge, no momento que sonhei toda a minha vida!”? Houve um trabalho como esse retorno, ou alguns neste nível? Quais? Ou, pelo contrário, apesar de tantos trabalhos e prêmios, você ainda não percebeu ter atingido este momento? Ainda existem desafios que o instigam, novos traços, novos personagens, roteiros e possibilidades que o atraem para novos saltos na carreira? Enfim, a questão é após tanto tempo, tanto trabalho e conquista profissional, o mundo das HQs ainda é capaz desafiar o artista Mozart Couto?


O meu melhor trabalho é sempre o que estou fazendo no momento até  olhá-lo uma semana depois de ter terminado e achá-lo uma porcaria(rs). Atualmente estou numa grande crise que espero dê bons frutos! Eu não gosto e não quero continuar repetindo as coisas que já fiz, do modo como fiz, mas ainda não consegui descobrir algo novo que me agrade e que não seja uma “variação de algum tema” já existente, que é o que a maioria faz e nem sei se percebe. Conseguir algo assim, e que seja acessível e agrade as leitores, é meu maior desafio atualmente, seja nos quadrinhos, ilustrações ou qualquer outra coisa que venha a fazer.

APE - Enfim, caro Mozart, gostaria de agradecer imensamente pela oportunidade desta entrevista. No que me cabe, fico muito honrado por ter aceitado o convite já que sou um grande fã do seu trabalho que acompanho há muito tempo. Gostaria de pedir então, que você deixasse uma mensagem aos visitantes da Panacéia Essencial!

Eu gostei muito da entrevista. Achei as perguntas muito boas e inteligentes! Agradeço e espero ter contribuído. Eu sempre gosto de lembrar que o talento nato é a base de tudo. Não adianta gostar e querer muito ser um quadrinista, um ilustrador, ou design; Usar máquinas, ferramentas e programas sofisticados, etc. A pessoa tem que ter esse mistério que é o talento. Depois ela tem que encontrar onde esse talento se manifesta melhor. Então, é preciso estar aberto a mudanças. 


É preciso experimentar, mas, acima de tudo, é preciso ser você mesmo. Apesar das influências existirem sempre, elas nunca podem ser tão fortes a ponto de não permitir que reconheçam quem é aquele que fez aquela imagem ou aquele texto, etc. E saber aceitar que as coisas mudam com o tempo e que descer do palco e sair dos holofotes não significa, absolutamente, perder essa magia que é o talento e a criatividade. 

CONHEÇA MAIS SOBRE A ARTE DE MOZART COUTO!

http://blogdodesenhador.blogspot.com


http://mozartcouto.daportfolio.com/


www.mozartcouto.com.br

http://www.mozartcouto.deviantart.com/

quinta-feira

Lendas Urbanas - Lágrimas de SANGUE..

 

Em uma cidade do interior de SP havia uma menina tão linda quanto um anjo mais que se vestia como uma vampira, seus modos eram estranhos, ela parecia sombria, mas apesar do seu jeito e do seu modo de se vestir ela era doce. Ela era acostumada a ir ao cemitério todos os dias, certa vez o vigia a pegou falando sozinha lá dentro e a perguntou com quem ela estava conversando ela então o respondeu que conversava com alguns amigos e parentes que já estavam mortos o vigia sem entender nada apenas avisou que estava fechando os portões ela foi embora.

No dia seguinte, como de costume, voltou ao cemitério para conversar com seus “parentes e amigos”, porem aquele dia ela estava angustiada mais do que o normal e nas mãos estava carregando algumas rosas cujo espinhos haviam ferido suas mãos já acostumado com suas visitas diárias o vigia não falou nada. Não demorou nada ela saiu o vigia estranhou já que ela costumava ir e ficar metade do dia lá então ele perguntou a ela “mas já?” ela respondeu a ele “hoje vou mais cedo alguém lá dentro me falou que o motivo da minha angustia é o qual vou fazer um passeio onde vou chorar lagrimas de sangue e do qual na próxima vez que eu vier aqui eu estarei com os olhos fechados” ela foi embora e o vigia sem entender nada apenas achou que ela era louca.


Porém, no dia seguinte ela não apareceu para sua visita e tinham avisado a ele que uma garota que foi assassinada a sangue frio cujos olhos haviam sido furados estava sendo velada no necrotério da cidade e seu corpo seria enterrado ali. No momento passou pela sua cabeça que poderia ser a tal menina, para matar sua curiosidade ele foi até o necrotério e quando viu o corpo e constatou que era a menina ficou surpreso. Passou alguns dias o vigia viu alguém dentro do cemitério, mas como? se ele não viu ninguém entrar então ele escutou uma voz conhecida era a voz da menina assustado ele saiu dali e foi para seu posto e falou para si mesmo que eram coisas da sua cabeça. 

Um dia desses algumas amigas foram visitar o túmulo dessa garota e levar rosas, elas entraram colocaram as rosas em seu túmulo e notaram algo de estranho voltaram a portaria e perguntaram se mais alguém havia ido ao cemitério visitar o túmulo dela ele respondeu que não, pois, depois que ela morreu era difícil ele ver alguma pessoa lá, já que era ela que ia lá todo dia. No dia seguinte bem no finzinho da tarde antes do cemitério fechar uma das amigas da garota foi novamente visitar seu túmulo mas logo que ela entrou o vigia ouviu um grito e viu essa menina sair correndo e parou a no meio do caminho e perguntou a ela o que havia acontecido ela respondeu que viu sua amiga (a garota) com os olhos perfeitamente abertos sem nenhum machucado porém escorrendo sangue como se ela estivesse chorando lagrimas de sangue. 


O vigia não acreditou muito mais no dia seguinte foi ao túmulo da garota ver como estava depois das visitas e encontrou as rosas que as amigas tinham levado há três dias atrás em perfeito estado, mas com todos os espinhos manchados de sangue como se alguém os tivesse acabado de pegar e no túmulo gravado “por favor, não tenha medo dessa alma que é triste e amaldiçoada”, o vigia não sabia como a escrita apareceu no túmulo, mas quando ele acabou de ler e olhou para cima ele viu a garota trajando luto como de costume chorando lagrimas de sangue, ele saiu correndo e assustado saiu do emprego e dizem que desse dia em diante quando o dia se torna noite vê-se a garota saindo do cemitério com rosas nas mãos escorrendo sangue e chorando lagrimas de sangue.


O novo vigia do cemitério conta que às vezes vê uma menina de preto andando pelo cemitério e que todos os dias o dia todo ele a ouve conversar e que quando vai algum parente ou amigo visitá-la sai de lá afirma que a viu chorando lagrimas de Sangue.


E a amiga que a viu primeiro perdeu o medo e agora com o mesmo costume da garota morta vai todos os dias ao cemitério visitar seu túmulo e conta que uma das coisas que a garota conta é que sua triste alma só ira descansar quando souber quem foi que furou seus olhos e depois tirou sua sombria vida..

quarta-feira

Música Renascentista



Música renascentista refere-se à música européia escrita durante a renascença ou seja, no período que abrangeu, aproximadamente, os anos de 1400 EC a 1600 EC. A definição do início do período renascentista é difícil devido á falta de mudanças abruptas no pensamento musical do século XV.

Adicionalmente, o processo pelo qual a música adquiriu características renascentistas foi gradual, não havendo um consenso entre os musicólogos, que têm demarcado seu começo tão cedo quanto 1300 EC até tão tarde quanto 1470 EC.

A pesquisa musicológica recente, entretanto, sugere que o conceito de início, de um modo geral, deve ser evitado, devido às dificuldades extremas ao definir o significado e a demarcação da época para o termo.

Entretanto, é seguro se afirmar que o movimento humanista italiano revelando e divulgando a estética das antigas Roma e Grécia, contribuiu, num nível conceitual, para uma revalidação acelerada da música, mas sua influência direta sobre a teoria musical, composição e interpretação é apenas sugestiva.
Fonte: Wikipédia

sexta-feira

Lendas Brasileiras - A Cobra Grande


Uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio. Lá no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era Bom, mas sua irmã era muito perversa. Prejudicava os outros animais e também às pessoas.

Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.

Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer um ferimento na cabeça até sair sangue. Ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro.

Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato da maldição. Ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra com sua família. Origem: Mito da região Norte do Brasil, Pará e Amazonas..

quinta-feira

Go, Speed Racer!



Here he comes/Here comes Speed Racer/He's a demon on wheels
He's a demon/And he's gonna be chasin' after someone

He's gainin' on you/So you better look alive/He's busy revvin' up/A powerful Mach 5
And when the odds are against him/And there's dangerous work to do
You bet your life/Speed Racer will see it through

Go Speed Racer/Go Speed Racer/Go Speed Racer, go!

Abertura brasileira de Speed Racer

He's off and flyin'/As he guns the car around the track
He's jammin' down the pedal/Like he's never comin' back
Adventure's waitin' just ahead

Go Speed Racer/Go Speed Racer/Go Speed Racer, go!

De fato, eu não posso reclamar dos desenhos que passavam na TV, em minha infância. Tive a oportunidade de assistir a desenhos clássicos dos anos 60 e 70 e se, hoje, alguns de certa forma, soam ingênuos, são com certeza, criativos e bem feitos, adequados a sua época e inovadores em relação a ela.

Devo falar agora do culpado por me tornar um apreciador de corridas de fórmula 1! Não, não foi o Senna, Piquet, ou outro por melhores que tenham sido...o culpado foi o Speed Racer!


Go Speed Racer/Go Speed Racer/Go Speed Racer, go!

Não há como ter esquecido este refrão em todas estas décadas antes do advento da internet que nos trouxe de volta todas estas séries fantásticas. Na verdade, com a internet revi quase tudo o que assisti e vivi nos anos 80, porque tantos outros que viveram o mesmo resolveram compartilhar suas lembranças e quão emocionante é perceber que a mesma vivência encantou a tantos.


O anime Speed Racer foi criado nos anos 60, por Tatsuo Yoshida sobre corridas de automóveis. Speed Racer (nome dado na adaptação Norte Americana do anime, o nome original é Go Mifune, o sobrenome Mifune é uma homenagem ao ator japonês Toshiro Mifune, protagonista do lendário filme Os Sete Samurais), é um típico personagem dos anos 1960, com inspiração nos filmes Viva Las Vegas, protagonizado por Elvis Presley e 007 Contra Goldfinger.



Com uma inesquecível canção tema a trilha sonora, que tocava ao fundo e tornando mais emocionantes as corridas em que o piloto Speed participava. Emocionantes porque sempre estavam repletas de acidentes espetaculares e "golpes sujos" dos participantes, tais como seus mais célebres rivais, a "Equipe Acrobática" e o "Carro Mamute". As corridas eram em locais inusitados, como selvas, desertos e até uma realizada dentro de um vulcão.


Eu adorava o desenho do Speed Racer, adorava as corridas, os personagens, os vilões e claro, acima de qualquer coisa adorava o MACH 5 e seus acessórios especiais que serviam para superar os obstáculos naturais e as armadilhas dos adversários. Era fantástico, para uma criança ver um carro assim, os equipamentos eram acionados pelo volante com um painel de controle com sete botões cada um com a letra inicial do dispositivo a ser acionado:


Autojack :Macaco automático.
(Era muito bacana, porque ele usava o macaco para fazer o carro pular e fazia um barulho muito divertido!)
Belt Tire :Cinta que recobre os pneus permitindo andar em terrenos irregulares. (Eu adorava esta, sempre que os pneus eram recobertos, eu vibrava!)
Cutter :Duas serras que aparecem na frente do carro e cortam qualquer obstáculo.
(Hoje, é politicamente incorreto, mas eu gostava muito de ver as árvores caindo e o Mach 5 passando triunfante!)
Defenser : Para-Brisa à prova de balas
Evening Eye: Faróis Super Brilhantes
Frogger: Equipamento para dirigir embaixo d´água (Carga de Oxigênio e Periscópio)
Gizmo Robot: Robô mensageiro em forma de pombo que dá a localização exata do Mach 5
(Esse “passarinho” eletrônico salvou a situação algumas vezes, era uma felicidade vê-lo voar!)
Homingunit: Joystick entre os assentos do carro e serve para controlar o robô

Speed Racer, era um jovem e audaz piloto de corrida de dezoito anos. Seu pai Pops, era um gênio e engenheiro que formou seu próprio time de corridas e criou o carro MACH  GO, este carro passou por várias inovações até chegar ao MACH 5 no qual o personagem vive diversas aventuras.


A equipe de Pops Racer , além do próprio, e de seu filho Speed, é formada pelo mecânico sabe-tudo Sparky sempre tentando evitar que Speed tome decisões erradas em todas as situações, é uma espécie de conselheiro. 


E ainda temos Trixie, a suposta namorada de Speed, mesmo eles nunca terem se beijado, existe um flerte constante, tem 18 anos e faz parte da equipe, pilota um helicóptero que auxilia nosso herói quando ele se mete em encrencas.

Outros personagens importantes são o Gorducho, irmão mais novo de Speed com 7 anos de idade. Vive sempre aprontado junto com Zequinha, um macaco de estimação e tem como “hobby” se esconder no porta-malas do Mach 5 e participar de quase todas as aventuras.


O último e na minha opinião melhor personagem é o CORREDOR X! Na verdade, em alguns momentos eu gostava mais dele do que de Speed.  Seu visual era melhor e sua atuação era sempre surpreendente. O mais bacana é que apesar do visual misterioso o Corredor X era um herói como Speed (Que além de enfrentar os vilões queria ser o maior piloto do mundo, claro). 

O que Speed não sabe a príncipio é que o Corredor X , na sua opinião um adversário a ser superado, é seu irmão mais velho, Rex, que fugiu de casa após sofrer um acidente durante uma corrida e discutir com seu pai, que não queria que seu filho voltasse às pistas. Tornou-se agente secreto da Interpol. Speed não sabia, mas nós sabíamos e era muito bom assistir os desenhos sabendo o que o personagem principal sequer desconfiava.


Anos atrás foi lançado nos Estados Unidos, e posteriromente também no Brasil, uma série de três edições com uma revitalização do Speed, ficou muito boa. O desenhista fazia um traço “anime ocidentalizado”, mas muito bem feito e a história foi fiel a essência do personagem, vale conferir!


Uma curiosidade que eu não sabia é que o capacete tinha o “M” , assim como o carro em função do nome original Go Mifune !!! Eu achava que era pelo nome do carro MACH 5.

Enfim, um desenho clássico, reprisado a exaustão na TV paga e que recentemente ganhou uma nova versão e também uma versão cinematográfica do qual estou procurando passar longe, quem sabe num dia em que eu esteja em casa, de férias e sem absolutamente NADA para fazer e esteja passando na sessão da tarde..

quarta-feira

"V" de Vingança

 

"V" de vingança. Um das HQs que mais me marcaram como leitor. A experiência de ler isto aos 16 anos...não é fácil de explicar. Um texto extremamente elaborado de mestre Allan Moore com os desenhos precisos e estilizados de David Lloyd me levaram a um patamar novo de leitura. Uma obra na qual eu pensava e repensava. “V” era algo totalmente inesperado. Um anarquista. Eu mal compreendia o que isto significava antes de ler a história. A questão da liberdade, a questão do acesso a cultura, a questão da justiça e sua possível corrupção (Quando lemos o “diálogo” entre “V” e a estátua de Justiça, paramos para pensar muitas vezes).


A obra foi publicada originalmente entre 1982 e 1983 em preto e branco pela editora britânica Warrior, mas não foi concluído. Em 1988, a  DC Comics incentivou Allan Moore e David Lloyd a retomarem a série e a finalizarem com uma edição colorida. A série completa foi republicada nos EUA pelo selo Vertigo da DC e no Reino Unido pela Titan Books. No Brasil, foi publicada em 1989 em cinco edições em cores pela editora Globo e mais tarde pela Via Lettera, em dois volumes em preto e branco; em 2006 teve uma edição especial pela Panini, em volume único, colorido e com material extra.


 “V” é quase mais um manifesto sobre a liberdade sobre o sistema do que uma HQ. Os elementos de HQ estão todos lá, mas é possível explorar mais camadas e destilar críticas sociais que não só avaliam o sistema que nos rege, como também a cada indivíduo dentro do seu “governo” particular. Personagens corrompidos e que se corrompem. Quando a realidade estável cai diante de um cataclisma (no caso nuclear), para aonde seguiria os escombros da sociedade? Para um sistema colaborativo ou totalitário. O caos nos levaria a uma nova visão de relações ou de dominação. Haveria sabedoria após a quase destruição, ou a força seria utilizada para dominar uma maioria em favor de uma minoria?


Uma vez, me disseram que o ser humano é principalmente calcado na “lei da sobrevivência, a lei do mais forte”. Justamente, um dos personagens tenta convencer um conhecido a dominar e controlar as pessoas alegando que “você é como eu, um SOBREVIVENTE!”. É de se perguntar: Como nos portaríamos diante da queda do sistema atual? Como você se portaria? Sobreviveria a todo o custo? Trapacearia, roubaria e seria capaz de matar para sobreviver? È o que acontece com vários personagens principais da trama. Quando cai o sistema, eles se adaptam ao novo e totalitário sistema sem escrúpulos. Concordam com genocídio, e controle de atos e pensamentos! Mesmo a população diante do caos se entrega ao novo sistema. Entregando vizinhos e amigos pessoais as autoridades, porque estes não se encaixam. Uma vez li sobre uma mãe e filha escondidas numa casa quando soldados nazistas invadiram para levá-las para a morte. A filha foi encontrada e levada. A mãe permaneceu em silêncio...


Precisamente, até que ponto os tiranos e seus assessores são os únicos culpados? Num dos pontos mais importantes desta obra questiona-se que o sistema é culpado, mas que cada um de nós que aceitamos e colocamos tais sistemas no poder e em funcionamento somos tão culpados quanto! É um dos momentos mais brilhantes da obra, quando “V” toma a rede estatal de TV e faz um julgamento sobre a própria espécie humana. Fantástico. Além de oferecer uma reflexão constante, a obra é rica em referências culturais na música, teatro, literatura. Algumas eu só pude compreender anos depois, conforme fui adentrando pelos caminhos da cultura. Devo dizer que esta obra nos encoraja nas devidas proporções a empreender esta batalha pela disseminação cultural e comigo não foi diferente. Sua influência foi grande.


Falando propriamente sobre a história ela acontece em um passado alternativo e futurista. Em tal realidade, um partido de Totalitário de extrema direita assume o poder na Inglaterra após uma guerra nuclear. Moore lança mão de similaridades entre o seu partido da “Chama Nórdica” e os regimes fascistas e nazistas ocorridos na Alemanha e Itália. Um tapa na cara oferecido pelo autor que via na sociedade britânica, nos tempos da “dama de ferro” Margaret Tatcher, uma tendência a intolerância. Tais alusões são notáveis devido ao fato do governo ter o controle sobre a mídia, a existência de uma polícia secreta, campos de concentração para minorias raciais e sexuais. Também inspira-se em Hannah Arendt no seu livro "Origens do totalitarismo" de 1951. Observamos ainda um sistema de monitoramento feito por câmeras nos moldes de "1984", de George Orwell, escrito em 1948. A história começa após o fim do conflito político e com os campos de concentração desativados. A população ainda que dominada e infeliz aceita a situação, até que surge "V" — um Anarquista que veste uma máscara estilizada de Guy Fawkes e é possuidor de uma vasta gama de habilidades e recursos. Ele então inicia uma elaborada e teatral campanha para derrubar o Estado. No processo, conhece Evey, garota que perdeu os pais durante a guerra. 


Contrapondo-se a atitude da massa, “V” não é complacente. Planeja e executa um plano tão preciso de queda do estado que se assimila a arrumação de peças de dominó: precisão e paciência na elaboração, mas que depois da queda da primeira peça, nada mais pode impedir o movimento. Não à toa, Moore e Lloyd se utilizam desta imagem. Esta precisão foi sintetizada nas palavras de Evey: “Quão sábia foi sua ‘Vendetta’. Quase uma cirurgia. Você não apenas cortou sua carne, você esquartejou suas ideologias!”


“V” prepara o caminho destruindo o sistema. Foi tão violento, porém mais preciso do que ele, por isso foi uma vingança. Uma ironia, já que V foi uma vítima deste sistema. Um experimento que não deu certo. Um Frankenstein que se voltou contra seu criador (provavelmente, mais uma referência implícita). Mas, depois abre o caminho para um mundo melhor...de reconstrução.

“V” é uma obra magnífica. Reflexiva. Não deixem de ler..


Curiosidades:

  • O enredo mostra a ascensão, o auge e a queda de um regime totalitário futurista firmado na Inglaterra.
  • Nas histórias em quadrinhos, o nome do ditador deste regime é "Adam James Susan".
  • No enredo, a bandeira do partido que sustentava o regime totalitário possuía um símbolo com formas geométricas e ângulos retos, tal qual a suástica nazista. Além disto, a bandeira era de cores preta e vermelha, uma inversão das cores utilizadas pelo Partido Nacional Socialista Alemão (Partido Nazista);
  • Existe no enredo uma polícia secreta, chamada em português de Dedos (inglês: fingers). No regime nazista havia também uma polícia secreta, a Gestapo;
  • Há uma forte crítica ao clero no enredo, mostrando escândalos de pedofilia, assassinatos, e busca pelo poder. Além do mais, no enredo, há um acobertamento por parte do clero (provavelmente anglicano) às experiências feitas em seres humanos.

terça-feira

Lendas Americanas - O Rio das Almas Perdidas


Nos dias em que a Espanha dominava a costa oeste um regimento de infantaria foi ordenado a partir de Santa Fé para abrir um caminho de comunicação com a Flórida e levar um baú de ouro para o pagamento dos soldados em St. Augustine.

Durante o inverno, eles ficaram confortavelmente instalados no acampamento de Trinidad, junto com suas esposas e famílias. Mas quando chegou a primavera, as mulheres e outros ficaram, enquanto que as tropas marcharam ao longo do canion de Purgatoire – mas nem chegaram ao seu destino, nem voltaram.

Será que eles tentaram descer as corredeiras de barcos e naufragaram nas águas? Eles foram arrastados para a eternidade por uma inundação? Será que eles perdem as suas provisões e morreram de fome no deserto? Será que os índios se vingaram da brutalidade e egoísmo, matando-os durante a noite ou em uma emboscada? Eles foram mortos por bandidos? Será que eles afundam na areias movediças que transformam o rio em canais subterrâneos?

Talvez ninguém nunca descubra, mas muitos anos depois, um nativo disse a um padre em Santa Fé que o regimento tinha sido cercado por índios, como o regimento de Custer foi em Montana, e os homens foram mortos um po um. Vendo que a fuga era impossível, o coronel – disse então o narrador – mandou enterrar o ouro que ele transportava. Se acredita que milhares de dobrões estão escondidos no cânion, e milhares de dólares foram gastos na procura por eles.

Após semanas se tranformarem em meses e meses em anos, nenhuma palavra se ouviu do regimento desaparecido, e os sacerdotes o charam de “El Rio de Las Animas Perdidas” – o Rio das Almas Perdidas. O eco das águas que caem através do canion é o lamento das tropas. Caçadores franceses suavizaram a sugestão do título espanhol, quando renomearam para Purgatoire, e os “bullwhackers”(1) conduzindo suas caravanas através das planícies mudaram o título francês para o inexpressivo “Picketwire” (2). Mas os latinos mantêm a tradição viva e muitos faziam preces e ainda fazem por todos aqueles que desapareceram misteriosamente no vale de Las Animas.

Notas:

(1) Bullwhacker
A pessoa que conduz caravanas era chamada de bullwhacker. Alguns eram mulheres. Bullwhackers foram assim chamados porque chicoteavam (whack) os touros para que eles andassem. As carroças traziam suprimentos para milhares de mineiros e eram puxados por bois.

(2) Picketwire é uma palavra meio sem sentido, wire é fio, e picket pode significar sentinela ou um poste de uma cerca. O site http://teamvelveeta.tom-purvis.com/2009_04_01_archive.html traz imagens muito boas do cânion Picketwire e dá uma idéia de como o local é solitário e misterioso..

Fonte: Charles M. Skinner. Myths and Legends of Our Own Land, 1896./http://www.legendsofamerica.com/ah-lostsouls.html

segunda-feira

Hong Kong Fú! IÁÁÁÁÁÁÁHHH!!!!



"Quem é o super-herói? O Sargento?...Não. Rosemary a telefonista?...Não. Penry o humilde faxineiro?...Pode ser..."

Imediatamente, ouvimos a música tema de Hong Kong Fú (Phooey)! A introdução já é uma piada, é evidente que o herói é o “humilde faxineiro”, só falta uma máscara! Este desenho me divertia muito. E, como para muitos foi um primeiro contato, totalmente atrapalhado com a mítica oriental e de artes marciais já que o desenho em si era mesmo uma sátira a este tipo de filme. Então, digamos assim, Hong Kong Fú foi o nosso “Jackie Chan Canino”, já que seguia a linha de humor que foi consagrada pelo grande mestre Chan.

 Abertura clássica do desenho!

E como os personagens de Jackie Chan, Hong Kong Fú e seu alter ego Penry eram muito carismáticos. Aliás, todos os coadjuvantes também o eram. Vejam só:


  • Penry: O faxineiro da delegacia, sempre calmo, desastrado e um pouco "desligado" (porém muito cativante!), tenta fazer um ótimo trabalho na limpeza da delegacia, ao mesmo tempo em que oculta sua identidade de Hong Kong Fu. Em um dos episódios trabalha com pintura.

  • Hong Kong Fu: O Poderoso defensor da justiça da cidade, alter ego de Penry, tem muita boa vontade, e é bem atrapalhado em seus salvamentos. Se transforma em Hong Kong Fu, quando entra na gaveta de baixo de um arquivo, e sai na de cima (que por sinal, sempre emperra). Ele anda no seu Fu Móvel (Phooey Mobile), um carro que parece uma quitanda chinesa, e toma a forma de qualquer veículo ao ser tocado um gongo, de bicicleta a helicóptero

  • China (Spot): é o fiel companheiro de Hong Kong Fu, é um gato listrado, que sempre acaba por tirar o herói de suas enrascadas contra os vilões, enquanto ele está a procura do golpe certo no seu livro de Hong Kong Fu (livro que o herói consulta sobre seus golpes), sem ele mesmo ver, dando a ele a sensação de ter sido o herói. China não é uma gata é sim um gato macho

  • Sargento Flint (Sergeant Flint): É o sargento da delegacia de polícia onde Penry trabalha sempre tenta cumprir seus deveres como policial a tempo, mas quando chega aos locais, Hong Kong Fu, já fez o serviço. Ironicamente o Sargento Flint tem certo menosprezo por Penry, mas um grande respeito por Hong Kong Fu.

  • Rosemary: É a telefonista da delegacia de polícia que nutre um "amor" por Hong Kong Fu, é atenciosa com todos, e uma vez ou outra ajuda o Sargento Flint em suas missões.

O desenho, em si, retrata um jovem faxineiro que trabalha na delegacia de polícia, Penry, que sempre ao ouvir os relatos de Rosemary ao Sargento Flint sobre os vários pedidos de socorro na cidade, discretamente, sai de vista e se transforma no "super-magnífico lutador contra o crime", Hong Kong Fu, um especialista de artes marciais, usando um Kimono vermelho e uma máscara sobre os olhos para manter sua identidade secreta, sai a procura dos bandidos e "super-vilões" da cidade, derrotando-os nas mais variadas trapalhadas possíveis.


O que eu nem desconfiava é que a série só teve 16 episódios, mas, como atingiu em cheio o coração do público é constantemente reprisado a décadas o que faz com que muitos, inclusive eu, acreditassem que o seriado possui mais episódios.

Mais uma curiosa informação: Em 2001, foi produzido para o site do Cartoon Network, mais um episódio de Hong Kong Fu (em Flash), Penry estava do mesmo jeito, porém ao se tranformar em Hong Kong Fu, ganhava poderes especiais, e era muito forte, o episódio se chamou "Hong Kong Phooey 2001".


Hong Kong Fú foi um seriado despretensioso e divertido, uma sátira sem ofensa agregando mais fãs ao universo de aventuras com artes marciais. Vale a pena conhecer ou rever..

Fonte de pesquisa: Wikipédia

sexta-feira

Noções Básicas sobre os Chakras!


 

CHAKRAS e NÁDIS - Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos espirituais do homem; também são chamados lótus ou rodas. Quando eles estão inativos assemelham-se a rodas; quando despertam, eles tomam a aparência de uma flor (lótus) aberta, irradiante, colorida pela freqüência da energia das pétalas.


No Mundaka Upanishad define-se o chakra como o local "onde os nádis se encontram como os raios no cubo de uma roda de carruagem". Os centros são formados pelo encontro destas linhas de força (nádis), do mesmo modo que os plexos, no corpo físico, são formados pelo encontro de nervos. 


Existem centros maiores, aqueles que resultam do encontro de um número maior de nádis (21 vezes, segundo Coquet, Les Çakra  L’anatomie occulte de L’homme, Paris, 1982), e os centros menores em que a confluência dos nádis é menor. Entre estes últimos existem 21 formados pelo encontro de 14  nádis e outros bem menores formados pelo cruzamento de sete nádis.



NÁDIS e MERIDIANOS - Os nádis são, portanto, linhas de força que não devem ser confundidas com os nervos do corpo físico, embora estejam em relação com eles, como os chakras estão em relação com os plexos e órgãos do corpo físico. São condutores de energia. Os estudos de Motoyama (Teoria dos Chacras, Ed.Pensamento), indicam que eles podem ser comparados aos meridianos sobre os quais trabalha a acupuntura. Esta é também a opinião de Coquet.


No corpo etérico, denominado também pelos teosofistas de corpo físico invisível, porque nasce com o corpo físico e com ele desaparece, os nádis se apresentam como se fossem milhares de finos filamentos de gás néon, entrecruzando-o em toda sua extensão. 


O número deles difere na literatura hindu, pelo que se atribui um caráter esotérico às quantidades apontadas: 72.000, 550.000, 720.000, etc. Os mais importantes são Sushumna, Ida, Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni, Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni. Os três primeiros são os mais importantes, sendo que o Sushumna domina a todos os demais.